O presidente da Câmara e candidato à reeleição, deputado Aldo Rebelo (PCdoB), afirmou que a eleição do petista Arlindo Chinaglia para o cargo de presidente da Casa seria imprudente, pois concentraria poder demais no partido. "Não julgo prudente dar mais poder ao PT nem para o País nem para o próprio PT", disse, durante debate entre os postulantes ao cargo realizado na Casa e transmitido pela TV Câmara. Aldo disse que sua candidatura não é projeto político pessoal e visa a valorizar a Casa como Poder democrático e representativo do País.
O candidato do PT, deputado Arlindo Chinaglia, rebateu Aldo lembrando que o parlamentar não falou isso quando o partido, na época em que era a maior bancada, abriu mão da vaga para que Aldo – "de um partido de apenas nove parlamentares" – fosse eleito presidente da Casa. Ele também rebateu o candidato tucano deputado Gustavo Fruet, sobre o fato de ser líder do governo, lembrando que as presidências de Aécio Neves e Luís Eduardo Magalhães, no passado, não deixaram de ser independentes, apesar de os dois serem fortemente associados ao governo Fernando Henrique Cardoso.
Fruet, por sua vez, afirmou que sua candidatura marca o início de "um reencontro" da Casa com a sociedade. "Nós temos que sair das páginas policiais e discutir o bom debate político, como o voto aberto, as medidas provisórias, independência e sem aceitar a idéia de que para presidir a Câmara é necessário ter sido líder do governo ou que o presidente tem que esperar eleição da Casa para indicar ministros", afirmou. Ele destacou que os seus adversários "são governo", enquanto ele representaria a Câmara e a autonomia.