Os Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo são inesquecíveis para o nadador Thiago Pereira. Em sua estréia na competição, obteve o índice olímpico para Atenas/2004, além de conquistar duas medalhas: prata nos 200m medley e bronze nos 400m medley. ?Foi a competição onde apareci. Depois do Pan minha vida deu uma boa mudada?, conta o garoto, agora com 20 anos.
Antes do Pan do Rio, porém, ele disputará uma competição de peso onde espera subir no pódio e que servirá para medir seu desempenho. Trata-se do Mundial de Desportos Aquáticos, em Melbourne, Austrália, a partir de 17 de março. Além de Thiago, 14 atletas representarão o País no torneio.
Todos ficarão reunidos de hoje até o próximo sábado, dia 10, no Parque Aquático Júlio de Lamare para a Clínica Pan-Americana.
Natural de Volta Redonda (RJ), Thiago lembra da difícil adaptação quando optou por deixar o conforto de casa para morar em Belo Horizonte e defender o Minas Tênis Clube. ?Tive de aprender a me virar sozinho?, afirma.
Com vaga garantida no Pan do Rio de Janeiro nas provas 200m, 400m medley, 200m peito e 4X200m livre, ele quer mais. Thiago tentará vaga para o revezamento 4X100m livre – sua tentativa será no Troféu Brasil, em maio.
A única oportunidade que teve de defender o Brasil nesse revezamento foi em piscina curta (25 metros), no Mundial de Indianápolis (EUA), em 2004, quando ?beliscou? a medalha de prata ao lado de Nicholas dos Santos, César Cielo e Cristiano Santos. ?Hoje, tenho o sexto melhor tempo do País nos 100m livre?, diz o atleta que de Santo Domingo para cá não só adquiriu experiência como também força física: ganhou quatro quilos – antes pesava 80.
Sua especialidade são os 200m medley, tendo conquistado a quinta posição em Atenas. E é nessa prova que ele quer brigar pelo ouro no Pan. Thiago deve até abrir mão dos 200m peito porque a prova será no mesmo dia dos 200m medley. Terá até o fim deste mês para pensar nisso.
Também sente-se mais seguro. ?Pressão existe em qualquer lugar. Mas estou bem tranqüilo.
Em sua quinta temporada no Minas Tênis – com passagem nos Estados Unidos (2005/2006) -, o nadador está retomando aos poucos os treinos que chegam a 12 quilômetros por dia.
Ele conta que a decisão de voltar ao Brasil foi influenciada pelo Pan. ?Hoje, não tem diferença no treinamento que é feito lá e aqui?, acredita o nadador.