Na TV, Serra fica sem Alckmin e Mercadante usa Lula

Os candidatos ao governo de São Paulo iniciaram a propaganda na TV desta semana com as mesmas características das semanas anteriores. No horário eleitoral gratuito do período da tarde de hoje, enquanto o candidato do PT, Aloizio Mercadante, contou com imagens e um depoimento favorável do presidente da República e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva, o candidato do PSDB, José Serra, não fez mais uma vez qualquer menção ao presidenciável tucano Geraldo Alckmin.

No final do programa do senador petista, Lula pediu votos para Mercadante, enquanto foram exibidas imagens dos dois abraçados durante a campanha deste ano. "Mercadante é um dos homens mais preparados deste País. Não tenho dúvida que ele vai ser um grande governador de São Paulo, principalmente, porque vai dar a população mais humilde a atenção que ela não teve até agora", disse Lula.

Apoios à parte, Serra e Mercadante, os melhores colocados nas pesquisas de intenção de voto, usaram a maior parte de seus programas de hoje para a apresentação de propostas para o Estado. No programa de Serra, após os tradicionais resumos biográficos e com demonstrações de apoio de populares, o ex-prefeito de São Paulo se ocupou em detalhar planos para o setor de transportes, mais precisamente o de trens.

Serra defendeu o "investimento pesado" no metrô e prometeu levar a Linha 2, que hoje segue da Vila Madalena até a Estação Imigrantes, para a Vila Prudente. Citou as obras da Linha 4 (Luz à Vila Sônia) e destacou a necessidade de melhoria e modernização dos trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Segundo ele, os recursos para as obras nesta área viriam do orçamento do Estado e das parcerias com a iniciativa privada.

Mercadante, além de contar com as manifestações de apoio do presidente da República, também citou sua biografia, detalhou sua participação em aprovações de projetos do governo federal no Congresso Nacional e fez um breve resumo das propostas para São Paulo nas áreas de segurança, saúde, educação. Entre elas, foi mencionada a criação da Força Tarefa Nacional, com a participação da Polícia Federal, Forças Armadas e Ministério Público no combate ao crime, juntamente com as Polícias Militar e Civil; a criação de uma central informatizada de agendamento de consultas; e o fim da aprovação automática nas escolas públicas.

Em terceiro nas pesquisas, o candidato do PMDB, ex-governador Orestes Quércia, dedicou boa parte do programa fazendo críticas às administrações nacionais do PSDB e do PT. No programa do peemedebista, o desemprego foi mencionado como um resultado das políticas econômicas de petistas e tucanos. Segundo o programa, enquanto a renda do trabalhador não aumentou, o custo de vida, principal foco de combate das equipes econômicas e considerado por especialistas como área de sucesso dos governos, teria "triplicado na última década".

O programa de Quércia mencionou realizações do ex-governador e destacou que ele é "o único candidato com autoridade" para falar de desenvolvimento e geração de empregos. "Já governei o Estado por quatro anos e cumpri todos os meus compromissos. Tenho consciência que, desta vez, o desafio será maior ainda, mas eu me sinto mais experiente e mais preparado", disse o peemedebista criticando, em seguida, os atuais cenários de educação e segurança de São Paulo.

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