O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, explorou os escândalos de corrupção do governo Luiz Inácio Lula da Silva, seu maior adversário nas eleições, no programa eleitoral de TV desta quinta-feira (31). Ao final, uma apresentadora citou tanto os ministros quanto líderes do PT denunciados ou envolvidos nos casos do mensalão e dos sanguessugas. "Tantos ministros de Lula denunciados por corrupção, e Lula não sabia de nada?", questionou, para depois afirmar que "Lula não merece seu voto".
Lula, por sua vez, começou seu programa apresentando-se como o candidato "que não agride e não calunia" e que usa seu tempo na televisão para mostrar seu projeto para o País. Seu vice, José Alencar, participou do programa petista de hoje. Alencar afirmou que "agora é hora de crescer, e de crescer com vigor".
Alckmin defendeu em seu programa o combate ao desemprego e diminuição de impostos. Ele criticou o governo, que "gasta errado e gasta mal". "Em vez de gastar com propaganda, tem que gastar com construção de escolas. Em vez de gastar rios de dinheiro com cargos de confiança, tem que gastar com obras de água encanada, esgoto, casas, que além de tudo dão emprego", atacou. Ele também prometeu diminuir impostos e aumentar investimentos em educação, além de citar mais uma vez o "programa nacional de desenvolvimento".
Lula afirmou que seu governo visa a integrar avanços sociais, econômicos e tecnológicos. Ele usou o tempo na TV para mostrar o crescimento na produção científica brasileira, apontando para a televisão digital e o biodiesel. Para o petista, os projetos criam empregos e geram renda. "O Brasil está pronto para decolar", defendeu, insistindo no ponto de que o social e o econômico são "duas faces da mesma moeda". Ele continuou citando seus programas sociais, como o Bolsa Família, e as realizações no plano econômico atingidos durante seu governo. Prometeu ainda que a geração de emprego será "prioridade do governo" e "uma verdadeira obsessão" de seu segundo mandato, caso vença as eleições.
Heloísa Helena, candidata do PSOL, criticou "o banditismo político" e o governo Lula, "o fujão dos debates". Ela atacou os escândalos de corrupção da administração petista e pediu ajuda dos eleitores para conseguir chegar ao segundo turno.
Cristovam Buarque (PDT) usou o depoimento do presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (o Paulinho), e prometeu implementar em todo o País os Centros de Solidariedade ao Trabalhador e de qualificação profissional criados pela central sindical. Ele continuou defendendo "a revolução na educação" para gerar empregos. "Ele (Lula) prometeu emprego e não cumpriu, agora promete revolução na educação. Você acredita?", atacou.
A novidade do horário eleitoral de hoje foi a aparição de Ana Maria Rangel, do PRP, cuja candidatura à Presidência da República estava impugnada na Justiça Eleitoral.
