Prestes a completar 50 anos no terreno onde está localizado, o museu possui um acervo com as mais variadas espécies que habitaram e habitam o Paraná, sejam elas de peixes, aves, insetos, répteis ou mamíferos. As coleções científicas servem de base para estudiosos de todo o País.
“É como uma biblioteca, temos coleções regionais bastante representativas para pesquisas. Alguns animais são raríssimos, não existem mais”, explica o biólogo e chefe de divisão Vinícius Abilhoa, que há mais de 20 anos trabalha no museu e apresenta o cachorro vinagre como um exemplar raro. Outra amostra importante é um peixe cascudo que foi recolhido do Rio Barigui em 1942 e atualmente não é mais encontrado em águas paranaenses. Junto com ele são mais de 60 mil exemplares de peixes na coleção.
Felipe Rosa |
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Abilhoa: alguns animais são raríssimos. Confira a galeria de fotos e vídeo mais detalhes sobre o museu. |
A partir do estudo dos animais, Abilhoa ressalta que é possível entender o que aconteceu com a fauna paranaense e ainda avaliar a relação com a natureza. O grupo de 22 profissionais também analisa o comportamento dos animais em estudos específicos sobre cada espécie. “É preciso pensar em políticas públicas para a sustentabilidade. Mas todos devem colaborar, temos a responsabilidade compartilhada”, ressalta.
Aniversário
Criado junto com o Museu Paranaense, o Museu de História Natural Capão da Imbuia completa em agosto 50 anos instalado no bairro. Para comemorar a data o órgão está organizando ações especiais e pretende divulgar mais seu trabalho. A instituição também está aberta a parceiros que estejam interessados em investir na estrutura do museu.
Uma noite no museu
Além das pesquisas, o museu também é referência em ações de educação ambiental. O espaço recebe visitantes de todas as idades, que participam de atividades especiais. Entre as atrações está a trilha pelo bosque de imbuias e araucárias e os diogramas, ambientes naturais que são recriados com animais empalhados, representando a Floresta Tropical, o Banhado, o Cerrado e a Floresta Atlântica. O empalhamento é realizado no próprio museu e conta com animais como uma onça-pintada e um lobo guará.
Também faz parte da programação a atividade “Uma Noite no Museu”, quando estudantes de cursos voltados ao meio ambiente participam de palestras. Para instituições que não podem ir ao local, a organização disponibiliza kits com animais, para serem expostos em aulas ou feiras de ciências.
Serviço
Museu de História Natural Capão da Imbuia
Rua Professor Benedito Conceição, 407
Fone: (41) 3313-5480
Confira a galeri,a de fotos e vídeo mais detalhes sobre o museu.