Museu da Inconfidência em Ouro Preto é restaurado e modernizado

Ouro Preto (MG) – As obras de restauração e modernização do Museu da Inconfidência, em Ouro Preto (MG), foram concluídas e entregues hoje (22) à população. O prédio recebeu pintura nova, revisão do telhado, construção de mobiliário e vitrines para exposição, projeto de iluminação com fibra ótica para valorizar as obras, reforma dos três prédios, dentre outras ações.

A cidade de Ouro Preto, então chamada de Vila Rica, foi cenário do movimento pela independência do país que ficou conhecido como Inconfidência Mineira. A conspiração foi denunciada aos portugueses e seus mentores reprimidos. Em 1936, Getúlio Vargas repatriou os restos mortais dos participantes da Inconfidência que foram exilados na Àfrica e decidiu criar o panteão dos heróis da independência.

Desse projeto nasceu, na antiga Casa de Câmara e Cadeia, o Museu da Inconfidência no ano de 1944 e que desde então nunca havia passado por uma reformulação. No prédio estão  peças relacionadas a Inconfidência Mineira como os restos mortais e objetos pessoais dos inconfidentes e peças da forca em que morreu Tiradentes.

Obras sacras e profanas que revelam o poder do reinado e a importância das igrejas no período colonial também estão em exposição. Nessa nova fase do museu, os visitantes poderão conferir, entre os 5 mil objetos expostos, peças antes nunca vistas por estarem acondicionadas em reserva técnica. O acervo da instituição, somado a documentos históricos, chega a 50 mil. Entre 100 e 150 mil pessoas visitam o museu todos os anos.

?O museu é referência para a toda a questão do patrimônio histórico do Brasil. É um museu importantíssimo que tem relevância em conceitos como liberdade e cidadania. É também o primeiro museu criado fora dos grandes centros urbanos brasileiros. Dá esse tom da regionalização, da interiorização da vida museal brasileira. São aspectos muito importantes que é preciso renovar, manter de pé, dar condições de atualização do acervo?, explicou o ministro Gilberto Gil em solenidade hoje (22).

O projeto de restauração faz parte do Programa de Restauração e Modernização de Museus, coordenado pelo Ministério da Cultura, como uma das diretrizes da Política Nacional de Museus. Ao todo, estão sendo investidos em torno de R$ 3 milhões nas obras, oriundos da Lei de Incentivo Cultural (Lei Rouanet), por meio do patrocínio da Caixa Econômica Federal, Petrobras, Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, Fundação Vitae e Acesita.

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