O técnico Muricy Ramalho se sente em casa no México, onde o São Paulo enfrenta o Necaxa, na quarta-feira à noite, pela terceira rodada do Grupo 2 da Libertadores. Com quatro pontos, o time está em segundo da chave, a dois pontos da equipe mexicana.
Foi lá que então meia-direita fez sucesso entre 1980 e 1984 para em 1993, retornar como treinador – foi o primeiro clube a dirigir na nova empreitada. Muricy Ramalho faz parte da história do Puebla Fútbol Club, atualmente numa espécie de segunda divisão do Campeonato Mexicano. Ele participou da primeira conquista do título nacional do Puebla, na temporada 82/83 – depois disso, o clube voltou a comemorar apenas mais uma vez, em 89/90.
"Tenho muitos amigos lá, eles sempre vêm ao Brasil; eu já voltei lá várias vezes para visitar o país. Eu morei seis anos no México. Meu casamento aconteceu no México. Minha filha mais velha (Fabíola) morou lá", disse Muricy, antes da viagem, no domingo à noite.
Além de levar o Puebla ao título, Muricy foi um dos destaques daquela temporada, quando anotou 14 gols. O técnico do Tricolor é o sexto maior goleador do clube mexicano, com 57 gols.
Não bastasse tudo o que fez pelo Puebla, agora Muricy Ramalho vê os mexicanos sempre cruzarem seu caminho na Libertadores. No ano passado, o São Paulo teve de jogar quatro vezes contra o Chivas, de Guadalajara: duas na primeira fase e duas nas semifinais. Em 2004, quando estava no São Caetano, Muricy teve pela frente o América na primeira fase e nas oitavas-de-final. Nesta quarta-feira, é a vez do Necaxa.
"Na minha época, chamava-se Atletico Español. Mas lá tem aqueles caras que compram o clube e mudam de cidade quando querem. Então há uns dois, três anos, o Necaxa passou a ser de Aguascalientes", disse o técnico são-paulino. "O México é um país onde se investe muito em futebol. Tanto que agora eles jogam a Libertadores. No meu tempo, era só o torneio da Concacaf. Hoje, o investimento é forte. Técnicos e jogadores ganham muito mais do que se paga aqui no Brasil.
