Municípios com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) menor ou igual a 0,7, um total de 2.262 cidades, vão receber a partir deste mês aumento de 50% na verba repassada para o Programa Saúde da Família. Na lista de beneficiados estão os municípios da Amazônia Legal com menos de 50 mil habitantes e, nas demais regiões, cidades com até 30 mil habitantes. Também receberão aumento 727 municípios com populações remanescentes de quilombos ou residentes em assentamentos que não se incluem nos critérios do IDH.
Quase 30 milhões de pessoas serão beneficiadas em todos os estados brasileiros. Com o reajuste, o investimento mensal do Ministério da Saúde (MS) aumentará 15,68% em relação a julho, passando de R$ 116,7 milhões para R$ 135 milhões.
Os recursos serão utilizados na contratação de 7.435 novos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), que atuam no Programa Saúde da Família. Cada agente é responsável hoje pelo atendimento de 575 pessoas, em média. Com a medida, o número de pessoas atendidas por agente diminuirá para 300. Dessa forma, as equipes poderão dedicar mais tempo e atenção a cada família.
O IDH, que varia de zero a um, é calculado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com base nos indicadores de educação, expectativa de vida e renda da população. Municípios com IDH entre 0,5 e 0,7 oferecem condições de vida medianas aos seus habitantes. Municípios com índices inferiores a 0,5 são considerados os de pior desenvolvimento humano. No último relatório do PNUD, divulgado em julho deste ano, o Brasil aparece na 72º posição entre os 177 países e territórios analisados.
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