Zona do euro discutirá saída de Portugal do resgate

Os ministros das Finanças dos países da zona do euro irão discutir a saída de Portugal do programa de resgate econômico em sua próxima reunião, agendada para o dia 5 de maio, de acordo com o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.

Portugal deixará o seu plano de resgate de 78 bilhões de euros no dia 17 de maio. A questão que permanece incerta é se o país optará por uma “saída limpa”, sem qualquer acordo de suporte, ou pedirá por uma linha de crédito por precaução – um pacote de assistência para ser utilizado caso seja necessário.

“Retornaremos à estratégia de saída de Portugal na nossa próxima reunião, em maio”, disse Dijsselbloem, após o encontro de ministros em Atenas. Ele observou que o programa de ajuste econômico português se encontrava nos trilhos.

A ministra portuguesa de Finanças, Maria Luis Albuquerque, disse que o governo irá tomar sua decisão final sobre a saída do programa até o fim do prazo. “Entre agora e o dia 17 de maio, quando o governo ver que as condições estão acertadas para tomar uma decisão, ele irá determiná-la e anunciá-la”, disse.

Ontem, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Comissão Europeia afirmaram que pagarão suas últimas parcelas do resgate a Portugal em junho, ao invés de antes do dia 17 de maio, conforme era planejado. As duas instituições, responsáveis por gerir dois terços do empréstimo de 78 bilhões de euros ao país, disseram posteriormente que os pagamentos foram adiados por razões técnicas.

Os custos de empréstimo têm caído para a nação resgatada, que foi capaz de acessar os mercados de capitais com a emissão de um título de dez anos em fevereiro, pagando 5,1% de juros para captar 3 bilhões de euros.

Opiniões diferem sobre a saída de Portugal com ou sem uma linha de crédito de suporte. O comissário de economia da União Europeia, Olli Rehn, disse, em Atenas, que defendeu a estratégia de Lisboa requisitar o auxílio. A decisão, contudo, é politicamente controversa em Portugal e autoridades da zona do euro disseram que a Alemanha, tida como líder do bloco, gostaria de ver o país figurando na lista de sucessos de resgate econômico, juntamente com a Irlanda, que deixou seu programa de auxílio no ano passado sem uma linha de crédito. Fonte: Dow Jones Newswires.

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