O presidente do governo da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero rejeitou nesta terça-feira (20) um referendo sobre o futuro da região basca, enquanto o presidente regional basco, Juan Jose Ibarretxe, disse que seguirá pressionando pela medida. Zapatero e Ibarretxe se encontraram em Madri. Ibarretxe lançou a idéia pela primeira vez no ano passado, como parte de um plano de paz após o colapso das negociações entre o governo espanhol e o grupo separatista basco ETA.

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Ibarretxe nunca mencionou qual seria a questão específica a ser colocada no referendo. Ele planeja realizar a consulta popular em outubro deste ano, e acredita-se que a pergunta seria se o povo basco tem o direito à autodeterminação – o que é visto no resto da Espanha como um código para endossar uma separação. Para Zapatero, o referendo é inconstitucional, pois apenas o governo central, e não uma administração regional, pode convocar tal consulta. O presidente do governo espanhol lembrou ainda que há uma clara divisão entre os bascos em relação aos que defendem a separação e os que desejam manter as coisas como estão.

Zapatero reiterou que está disposto a conceder mais autonomia à região basca, que já a possui em alto grau. Ele não disse que medidas tomaria caso Ibarretxe mantivesse a idéia de realizar a consulta. As conversas foram prejudicadas pelos recentes atentados do ETA, nos quais um policial morreu. Em dezembro de 2006, o grupo encerrou um cessar-fogo unilateral depois do fracasso das negociações de paz.

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