Funcionários dos Estados Unidos pressionaram a China para que libertasse o dissidente Liu Xiaobo, nas primeiras semanas após a prisão dele, mostram documentos dos EUA vazados ontem pelo site WikiLeaks. Liu venceu este ano o Nobel da Paz, mas segue preso.

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No final de 2008, duas semanas após a prisão, o ex-embaixador dos EUA na China Clark Randt “pediu ao governo chinês que o liberte e pare de perturbar os dissidentes pacíficos”, afirma um memorando confidencial revelado.

O atual embaixador da China nos EUA, Jon Huntsman, tratou do caso posteriormente, escrevendo uma carta ao chanceler chinês, Yang Jiechi, pedindo a libertação de Liu, considerado culpado por subversão, após assinar a Carta 08, texto que pedia mais liberdades políticas e uma reforma democrática no país.

Em outro documento, é possível registrar a reação da China, pedindo que Washington “pare de usar os direitos humanos como uma desculpa para ‘se intrometer’ nos assuntos internos da China”.

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Os documentos mostram que os diplomatas dos EUA acompanham o caso de Liu, encontrando-se com a mulher e amigos dele e pedindo a Pequim uma revisão do caso, segundo o jornal The New York Times. Os documentos fazem parte dos cerca de 250 mil vazados pelo WikiLeaks, em cooperação com alguns meios de comunicação. As informações são da Dow Jones.