O WhatsApp está lançando uma nova ferramenta de checagem de notícias na Índia, país que se prepara para participar de um processo eleitoral no próximo dia 11. Segundo a agência de notícias Reuters, usuários podem enviar mensagens recebidas para o serviço “Checkpoint Tipline”, que avalia a informação e a classifica como “verdadeira”, “falsa”, “enganosa” e “contestada” horas depois.

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O projeto está no ar desde esta terça-feira, 2. A estimativa, no entanto, é que algumas falhas possam ser encontradas nos primeiros dias de uso. Em um teste feito pela reportagem da Reuters, por exemplo, mostrou que o serviço chegou a demorar mais de duas horas para dar retorno à checagem de uma informação.

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A checagem de notícias do sistema de Checkpoint Tipline é feita por uma startup local, chamada Proto. Além de avaliar as informações, a equipe da startup armazenam as mensagens em um banco de dados, que depois serão usadas em estudos para entender como funciona a disseminação de desinformação.

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O objetivo da nova iniciativa, segundo os fundadores da Proto, Ritvvij Parrikh e Nasr ul Hadi, é “estudar o fenômeno da desinformação em escala”. Eles acrescentaram que “À medida que mais dados fluírem, seremos capazes de identificar os mais suscetíveis ou afetados, questões, locais, idiomas, regiões e muito mais”. O Economic Times India disse ainda que a startup planeja submeter suas descobertas ao Centro Internacional de Jornalistas.

Outras regiões

A expectativa é que o serviço seja ampliado para outros países. Hoje, o Chekpoint Tipline suporta cinco idiomas – Inglês, Hindi, Telugu, Bengali e Malayalam e consegue verificar informações erradas divulgadas na forma de texto, vídeos e imagens.

Além da startup indiana, o WhatsApp também está trabalhando com a Dig Deep Media e a Meedan, duas organizações que contribuíram para projetos similares em outros países. A plataforma Meedan’s Check foi originalmente desenvolvida para combater a desinformação durante as eleições na França e no México e agora está integrada à API de negócios do WhatsApp.

O aplicativo também estava testando a possibilidade de os usuários reverterem imagens de busca de imagens, uma aparente tentativa de permitir que os próprios usuários verifiquem sua autenticidade. O WhatsApp também limitou para cinco o número de vezes que uma mensagem pode ser encaminhada, além de identificar quando um conteúdo foi repassado de uma conta para outra.