Wall Street vê horizonte positivo para o Brasil

Apesar da advertência para o risco de inflação por causa de um ritmo mais forte de crescimento econômico, analistas em Wall Street reconhecem que os benefícios derivados de política fiscal prudente, flexibilização monetária e ambiente externo favorável continuarão estimulando o Brasil no médio prazo.

Nesse horizonte, os analistas prevêem que o mercado acionário brasileiro deve seguir registrando novas altas e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deve se aproximar de 5%. Para a taxa de câmbio, eles projetam mais valorização do real e, em resposta, maior acumulação de reservas pelo Banco Central (BC).

Em evento realizado pela Câmara Brasil-EUA para investidores, em Nova York, os analistas estimaram que o País crescerá entre 4,5% a 5% neste ano. A política monetária continuará sendo flexibilizada e a expectativa é de corte de mais 2 pontos porcentuais da taxa Selic em 2007, que a levaria para 10% ao ano em dezembro. Para 2008, a Selic deve fechar entre 9,5% a 9,75%.

O real deverá acentuar a valorização ante o dólar, dizem os analistas, que projetam a moeda americana entre R$ 1,80 e R$ 1 85 em 2007. "O Banco Central não jogará a tolha na intervenção (no mercado de câmbio)", acredita Adam Weiner, gestor de portfólio do Oppenheimer Funds. Para o analista, sem intervenção a moeda bateria em R$ 1,30 por dólar.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) poderá receber mais recursos enquanto o País continua rumando para o grau de investimento. Fundos de pensão que atualmente mantêm alocação entre 10% a 15% no mercado de ações poderiam aumentá-la para algo entre 30% a 40%, observou Geoffrey Dennis, estrategista do Citigroup para América Latina.

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