Votação na Alemanha expõe fragilidade de Merkel

Após uma maratona de quase 12 horas, 3 turnos, muita negociação secreta entre aliados e uma angustiante espera pela divulgação dos resultados, Christian Wulff obteve 625 votos dos 1.242 membros da Assembleia Federal alemã (2 a mais que o necessário), tornando-se o novo presidente da Alemanha. Mas o resultado foi interpretado como uma derrota da chanceler Angela Merkel.

Desde as últimas eleições parlamentares, em setembro, a coalizão composta pela União Democrata Cristã (CDU), partido de Merkel, os Liberais (FDP) e a União Social Cristã (CSU), o país caiu em estado de depressão por causa das crises da Grécia e do euro, e pela perda da maioria na Câmara na recente votação da região da Renânia-Westfália. A situação piorou depois da inesperada renúncia do presidente Horst Koehler.

Com situação precária de governabilidade, Merkel se vê diariamente de mãos atadas entre tanta discórdia dentro do próprio gabinete. Para evitar confrontos abertos, ela usa de seu pragmatismo rotineiro e deixa na gaveta medidas de essencial importância para o país.

Merkel, que já estava com a popularidade em baixa, deve enfrentar agora sérios questionamentos sobre sua capacidade de liderar a Alemanha, enquanto outros países tentam ajudá-la a sair da recessão.

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