O governo do Sudão informou hoje que as duas pessoas mortas em um nebuloso bombardeio ocorrido na terça-feira na costa do Mar Vermelho tinham nacionalidade sudanesa, desmentindo rumores de que o alvo do ataque seria um integrante do grupo islâmico Hamas. Ontem, o chanceler sudanês acusou Israel pelo bombardeio. Tel-Aviv, por sua vez, não se pronunciou sobre o episódio.
“No local foram encontrados dois corpos. As duas pessoas mortas no ataque aéreo eram sudanesas. Não havia estrangeiros entre as vítimas”, declarou Ahmad al-Tuhami, porta-voz da polícia sudanesa. O Ministério das Relações Exteriores do Sudão identificou os mortos como Ahmed Jibril e Issa Hadab, ambos sudaneses.
Na noite de terça-feira, um avião militar não identificado viajou pelo Mar Vermelho e disparou um míssil contra um carro que viajava por uma estrada cerca de 15 quilômetros ao sul de Porto Sudão. O motorista e o passageiro morreram.
Ontem, o ministro das Relações Exteriores do Sudão, Ali Ahmad Karti, acusou Israel de ter promovido o ataque aéreo. “Nós dispomos de indícios segundo os quais o ataque foi realizado por Israel. Temos certeza absoluta disso”, afirmou, depois de uma reunião com o enviado especial dos Estados Unidos ao Sudão, Princeton Lyman.
O chanceler disse desconhecer o motivo do ataque, mas qualificou o episódio como uma “flagrante agressão israelense”. Tanto o governo quanto a chancelaria de Israel recusaram-se a comentar o bombardeio e a acusação do Sudão. As informações são da Dow Jones.