O depoimento de uma vítima de incesto mantida presa por 24 anos deve começar ainda neste mês. Os trabalhos contarão com a ajuda de um médico, para determinar como um dos sete bebês que ela teve com o pai morreu, informou um procurador nesta terça-feira (8).
O procurador da cidade de Saint Poelten Gerhard Sedlacek também disse que as autoridades pretendem acusar formalmente Josef Fritzl em poucos meses. Com isso, o julgamento poderia começar antes do fim do ano.
Fritzl disse aos investigadores que teve sete filhos com a própria filha. Três foram criados juntos com a mãe, presos em uma cela na casa dele em Amstetten. Testes de DNA confirmaram que ele é o pai biológico das seis crianças que sobreviveram.
Segundo autoridades, Fritzl confirmou ter incinerado o cadáver de um bebê, identificado como um de um casal de gêmeos nascido em 1997. Ele pode ser acusado de homicídio se ficar comprovado que teve algum papel na morte da criança.
O austríaco e a esposa dele criaram as outras três crianças. Fritzl contou à mulher que a filha deixou os bebês na porta da casa da família. Segundo as autoridades, as outras três crianças ficavam confinadas na prisão, no porão da residência.