Pelo menos 115 pessoas morreram em cinco dias de confrontos entre forças do governo e milicianos rebeldes do Sudão do Sul, informaram autoridades locais neste domingo. A violência causa preocupação com a instabilidade da região restando pouco mais de dois meses para a formalização da independência da região.
O general de brigada Malaak Ayuen, diretor do Departamento de Informação do Exército do Sudão do Sul, disse que o sábado foi o dia mais violento, com 57 mortos e dezenas de feridos nos choques entre as forças regulares e os soldados leais ao general rebelde Gabriel Tanginye.
No decorrer dos últimos cinco dias, prosseguiu o general Ayuen, os soldados do Sudão do Sul também engajaram-se em combates com milicianos leais a outro líder rebelde, Peter Gatdet. Segundo ele, 48 pessoas morreram nos confrontos. Ayuen não forneceu detalhes sobre quantos dos mortos eram civis, rebeldes ou soldados regulares.
Desde janeiro, quando a população do Sudão do Sul, optou em referendo por separar-se da Cartum e fundar um novo país, centenas de pessoas morreram em episódios de violência no território.
A formalização da secessão é esperada para julho, mas ainda há uma série de questões pendentes, como a partilha das receitas com petróleo, a situação das minorias que viverão nos dois lados da fronteira e o controle de Abyei, uma fértil área fronteiriça próxima de grandes poços de exploração de petróleo. As informações são da Associated Press.