Violência na Síria segue desimpedida, diz Patriota

O ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) reconheceu hoje que, apesar das tentativas das Nações Unidas por um cessar-fogo na Síria, o país ainda enfrenta episódios violentos.
“É uma situação que continua a representar um desafio. Porque embora a comunidade internacional reconheça que não deve haver militarização do conflito sírio, a verdade é que a violência segue desimpedida, com altíssimo número de mortes. A situação humanitária se agrava”, disse o chanceler brasileiro após encontro com seu homólogo de Angola.
Segundo o ministro, a repercussão desses episódios em países vizinhos “preocupa muito” o governo brasileiro. Segundo relato recente de agências de notícias, tropas do regime de Bashar Assad voltaram a fazer bombardeios em Ras al Ain, na Província de Hasaka, próximo à fronteira da Turquia.
ONU
Patriota voltou a defender uma transição política, conduzida pelos próprios sírios e uma “possível participação de observadores ou de uma missão de paz das Nações Unidas”.
” Inclusive, o Brasil já contribuiu com observadores no passado e estaria disposto a considerar a possibilidade de participar de uma futura missão de paz”, afirmou. Segundo Patriota, “o departamento de operações de paz das Nações Unidas já está examinando hipóteses de desdobramento de tropas da ONU na região”.
O confronto entre os rebeldes e as tropas oficiais sírias começou em março de 2011 e, de acordo com a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos, já matou mais de 37 mil pessoas.

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