Violência após eleição mata oito na Costa do Marfim

Homens armados mataram pelo menos oito pessoas em um ataque a partidários do candidato presidencial da Costa do Marfim Alassane Ouattara, disseram testemunhas hoje. O país vive um clima de tensão, por causa do atraso na divulgação de resultados eleitorais. A violência ocorre enquanto Ouattara e o presidente Laurent Gbagbo vivem um impasse em torno dos resultados de uma contestada disputa presidencial. A violência antes das eleições deixou pelo menos sete mortos.

Testemunhas no distrito de Yopougon, no oeste de Abidjã, área onde é forte o apoio a Gbagbo, disseram que homens armados atacaram durante a noite de ontem um escritório que é uma base local para o partido de Ouattara. Uma fonte em um hospital disse que havia 15 feridos pelo ataque. Uma fonte da polícia e um funcionário do partido RDR confirmaram as oito mortes. O funcionário do partido disse que havia cerca de 50 pessoas no local no momento do ataque.

As potências internacionais pressionam para que seja divulgado um resultado na disputa eleitoral. Há acusações mútuas de fraudes. As autoridades afirmam que ainda estão apurando os resultados da disputa do último domingo.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu que resultados parciais fossem publicados “sem mais demora”. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, pediu que os resultados fossem liberados logo. Várias nações pediram ainda que a população local aceite os resultados.

A Costa do Marfim, maior produtor de coco do mundo, vive em um cenário de instabilidade há uma década. O objetivo da eleição era superar anos de crises nesta nação do oeste africano, dividido em dois quando rebeldes tomaram controle do norte do país, após uma fracassada tentativa de golpe contra Gbagbo em 2002. As informações são da Dow Jones.