A prisão do narcotraficante Joaquín “El Chapo” Guzmán Loera, exchefe do cartel de Sinaloa, que havia escapado de uma prisão de segurança máxima em uma fuga cinematográfica, foi uma verdadeira guerra.
Soldados da Marinha mexicana invadiram o reduto do chefão do crime e foram recebidos à bala. Os soldados usaram armamento pesado para brir caminho até El Chapo, lançaram granadas e conseguiram prender o maior traficante do mundo.
El Chapo deverá ser extraditado para os Estados Unidos, mas o processo para concluir a transferência deve demorar um ano. O criminoso foi capturado por homens da Marinha Militar do país latino em Los Mochis, cidade situada no estado de Sinaloa e sob o comando do cartel homônimo, considerado um dos mais ricos e poderosos do mundo.
“El Chapo” estava encarcerado desde fevereiro de 2014, mas, em julho de 2015, conseguiu escapar da penitenciária Altiplano I, na região central do país, utilizando um túnel de 1,5 km que conectava sua cela a uma casa fora do perímetro da cadeia.
As autoridades mexicanas chegaram a oferecer uma recompensa de US$ 3,8 milhões por informações que levassem à prisão do narcotraficante, uma vez considerado o segundo criminoso mais procurado do mundo, atrás apenas do fundador da Al Qaeda Osama bin Laden.
A vaidade parece ter sido a responsável por entregar o chefão do tráfico. Ele topou conceder uma entrevista ao ator Sean Penn para revista Rolling Stone. O encontro foi secreto, mas como diz o ditado: “segredo entre duas pessoas, tem que matar uma”.
Anteriormente, em 2001, o exchefe do cartel de Sinaloa já havia fugido do cárcere de Puente Grande, mas desta vez a bordo de um caminhão de limpeza e ajudado por agentes penitenciários.
