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Vice-presidente do Equador depõe na investigação do caso Odebrecht

O vice-presidente equatoriano, Jorge Glas, prestou nesta quarta-feira depoimento voluntariamente à promotoria, no caso de corrupção da empresa brasileira Odebrecht. A construtora admitiu ter entregue US$ 33,5 milhões em subornos a funcionários públicos, em troca de obras estatais.

Ao final do procedimento com o procurador-geral, Carlos Baca, Glas afirmou: “Temos de atuar com seriedade. Faço um chamado à oposição para que atue com seriedade e responsabilidade. A Justiça não é um circo, não é um show para que alguém venha tomar foto”. Segundo o vice-presidente, “claramente tem havido uma tentativa de destruir a honra das pessoas”. Glas falou que pretende ir à Justiça para enfrentar os responsáveis por isso.

Antes da chegada do vice-presidente, dezenas de partidários do governo protagonizaram incidentes e agrediram um ex-congressista da oposição que desejava entrar na promotoria para entregar 25 perguntas que poderiam ser formuladas a Glas, mas não conseguiu.

Durante a campanha que levou à presidência Lenín Moreno, Glas, reeleito no cargo nas eleições gerais deste ano, foi denunciado pela oposição como parte da rede de corrupção da companhia brasileira, o que ele nega.

A trama de corrupção da Odebrecht recentemente provocou a renúncia do controlador-geral do Equador, Carlos Pólit, investigado pela promotoria no caso. O ex-ministro da Eletricidade, Alecksey Mosquera, empresário e tio de Glas, está detido entre os supostos envolvidos.

A promotoria revisa cerca de 30 contratos fechados entre a Odebrecht e o Estado equatoriano entre 1980 e 2015. O governo do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017) fechou projetos de cerca de US$ 1,6 bilhão com a Odebrecht. Fonte: Associated Press.

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