O vice-presidente argentino, Julio Cobos, negou nesta quinta-feira (17) que pense em renunciar após infligir um golpe ao governo com seu voto contra o projeto de lei de retenções (impostos) sobre as exportações de grãos, que foi rejeitado pelo Senado pela madrugada.
Cobos, membro do oposicionista União Cívica Radical (UCR) até se lançar candidato junto à peronista Cristina Kirchner, quando foi expulso do partido, apresentou o voto de desempate depois do empate de 36 a 36, após uma longa sessão.
O vice-presidente disse esperar que a presidente "entenda" sua decisão. "Não me ocorre renunciar. Seria trair a vontade popular. Fomos eleitos de forma conjunta", disse Cobos a jornalistas.
O governo ainda não se manifestou sobre a postura do vice-presidente.
"Espero que entendam. Devem compreender que venho de outro espaço político" e "tenho uma opinião diferente", disse Cobos.