Em meio ao aumento das pressões de Washington ao governo venezuelano de Nicolás Maduro, o vice-presidente dos Estados unidos, Mike Pence, se reuniu hoje com cerca de trinta venezuelanos que se refugiaram na Colômbia.

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Pence e sua esposa, Karen Pence, fizeram uma oração na Capela do Calvário de Cartagena, onde se encontraram com líderes religiosos e famílias venezuelanas. A segunda dama rezou pelo “consolo dos refugiados venezuelanos”.

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Depois da oração, eles passaram um tempo com os imigrantes para ouvir suas histórias. Os jornalistas não tiveram acesso às conversas. Pence disse que escutou histórias comoventes sobre a falta de comida no país vizinho. “Não nos calaremos enquanto a Venezuela caminha para uma ditadura”, disse o vice na véspera de seu encontro com o presidente colombiano, Juan Manuel Santos.

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Pence iniciou ontem uma viagem para vários países da América Latina para buscar aliados e isolar cada vez mais a Venezuela, após a instalação da assembleia constituinte no Brasil.

Ontem, Pence disse que Washington tem “muitas opções” para a Venezuela após o presidente americano, Donald Trump, garantiu que não descarta uma intervenção militar. Os países latino-americanos, incluindo o Brasil, opuseram-se a ideia, dando preferência a pressões políticas e diplomáticas.

Em Caracas, tanto os defensores de Maduro como a oposição rechaçaram a possibilidade de uma intervenção armada. O governo convocou uma manifestação para mostrar seu repúdio à “ameaça intervencionista” de Trump.

“Os EUA e seu satélite bogotano pretendem dar lições democráticas a Venezuela enquanto amparam grupos de neonazistas em seu território”, disse no Twitter o ministro de Informação da Venezuela, Ernesto Villegas, referindo-se a manifestação de supremacistas brancos em Charlottesville, no estado norte-americano de Virgínia. Durante sua viagem pela América Latina, Pence ainda visitará a Argentina, Chile, Panamá e México. Fonte: Associated Press.