Venezuelanos vão às urnas para escolher 165 deputados

Os venezuelanos votam neste domingo para escolher os 165 deputados da Assembleia Nacional, onde a oposição espera reduzir a liderança política do Partido Socialista Unido da Venezuela, do presidente Hugo Chávez, que detém praticamente o controle da casa.

Mais de 17 milhões de venezuelanos estão registrados para votar e as autoridades eleitorais estimam que 65% comparecerão às urnas. As urnas serão fechadas próximo das 19h30 (de Brasília) e os resultados iniciais estão previstos para as 23h30 (de Brasília).

Antes da votação, a capital Caracas e regiões próximas foram castigadas por dois dias de chuvas intensas, que mataram pelo menos sete pessoas e causaram sérios alagamentos. Mas as autoridades eleitorais disseram que as chuvas não devem comprometer as eleições, especialmente porque Caracas amanheceu com sol neste domingo.

“Convoco todo o povo patriota desta nação para que movam seus corpos e espíritos…para que votem esta manhã e aproveitem (o céu limpo), porque a previsão diz que irá chover à tarde”, disse Chávez na TV nacional nesta manhã, pouco antes das urnas serem abertas. No microblog Twitter, Chávez convocou seus eleitores para que compareçam em grande números nas urnas, dizendo: “ataquem”.

A oposição faz um esforço determinado para tentar romper o monopólio de Chávez na Assembleia Nacional pela primeira vez nos 12 anos de sua presidência. “O que está em jogo é para que tenhamos mais democracia”, disse o candidato de oposição e ex-líder estudantil, Stalin Gonzalez. “O país precisa de uma assembleia mais equilibrada”, acrescentou.

A oposição, que boicotou a última eleição parlamentar em 2005, detém atualmente apenas 10% das cadeiras do Congresso. A maior parte das pesquisas sugere que Chávez manterá o controle legislativo e ele mesmo previu que os candidatos de oposição serão “pulverizados”. Mas muitos analistas dizem que a oposição poderá clamar vitória se obtiver pelo menos 33% das cadeiras, o que retiraria do partido governista a maioria de dois terços e dificultaria a passagem das reformas do presidente. Com informações da Dow Jones.

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