O presidente autodeclarado da Venezuela, Juan Guaidó, o presidente da Colômbia, Iván Duque, e o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, deram declarações há pouco à imprensa reunida em Cúcuta, Colômbia, na fronteira com a Venezuela. Guaidó reforçou a importância de mais de 60 militares desertores o reconhecerem como presidente da Venezuela e disse que 80% das forças armadas do país rejeitam Nicolás Maduro. “Os senhores das forças armadas não devem lealdade a quem queima comida na frente de famintos e medicamentos na frente de pacientes. Guardas do exército (venezuelano) que têm mães enfermas e filhos em colégios sem comida, vocês não devem nenhum tipo de lealdade a Maduro”, afirmou Guaidó.

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Ele ressaltou que se reunirá nesta segunda-feira com chanceleres dos diversos países que integram o Grupo de Lima e que também o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, estará presente.

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Por sua vez, o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, fez duras críticas ao regime de Maduro. Disse que “a intenção (do governo venezuelano) é “assassinar pessoas desarmadas”. “Esse regime é usurpador e é preciso iniciar o diálogo para levar ajuda a pacientes renais e com deficiências crônicas. É uma baixeza ética queimar caminhões com ajuda humanitária”, afirmou Almagro. O secretário-geral da OEA afirmou ainda que, diante de 285 feridos quando se tentava dar ajuda humanitária, a comunidade internacional deve ser dura com o governo venezuelano.

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Duque, da Colômbia, reforçou o “sentimento de unidade” dos líderes de países da região reunidos neste sábado em Cúcuta – estiveram presentes no local, também, o presidente chileno, Sebastián Piñera, e o do Paraguai, Mario Abdo Benítez, segundo o líder colombiano. “Vários presidentes se reuniram hoje na Colômbia, para mostrar que a diplomacia é mais poderosa que qualquer ameaça”, afirmou ele. Duque reforçou que os líderes do Grupo de Lima debaterão na segunda-feira em Bogotá as ocorrências deste sábado. “Vamos discutir o fim da repressão de Maduro na Venezuela e de que forma pôr fim à violência pela diplomacia”, afirmou.

Momentos antes do encontro com a imprensa, a Globonews informou que a guarda colombiana na fronteira passou a impedir a passagem de manifestantes oposicionistas para a Venezuela, a fim de conter o confronto com os soldados de Maduro. Os oposicionistas, até então, vinham passando pela área colombiana até se aproximar de soldados venezuelanos para atacá-los com bombas caseiras. Com o fechamento da passagem, a situação no local era mais tranquila. (Clarice Couto – Clarice.couto@estadao.com)