Abatidos por uma crise profunda em seu país e em meio a um boicote à oposição, os venezuelanos participam neste domingo das eleições municipais. O partido no poder é o favorito para ganhar a maioria dos cargos e, com isso, consolidar a hegemonia que mantém no interior do país há quase duas décadas.
Nos comícios, não participaram três dos quatro principais partidos da oposição, que pediam um boicote contra o Conselho Nacional Eleitoral, controlado pelo governo. Os opositores acusam a entidade de ter cometido fraudes nas eleições regionais passadas.
Cerca de 19,7 milhões de venezuelanos foram convocados para as votações, nas quais 335 prefeitos serão eleitos. Além disso, a eleição do governador de Zulia, realizada há dois meses, será repetida, por decisão do Assembleia Nacional Constituinte, que anulou a vitória de um candidato da oposição.
A votação começou após as 6h da manhã do horário local, com previsão de duração de doze horas.
“Chegou o dia da vitória da democracia”, disse o presidente Nicolás Maduro, tomando uma xícara de café com a primeira dama, Cilia Flores, em uma mensagem transmitida pelo canal de televisão estatal. Na transmissão, ele fez um pedido para que os venezuelanos compareçam às urnas.