A Venezuela contestou hoje o relatório da comissão de direitos humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) que cita violações aos direitos humanos e repressão política sob o governo do presidente socialista Hugo Chávez.
Ativistas locais aplaudiram o documento de 300 páginas afirmando que ele joga luz sobre as amplas violações que a comunidade internacional tem ignorado.
O relatório foi divulgado ontem pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos e cita a falta de independência do Judiciário venezuelano, o fechamento de empresas de comunicação e critica a discriminação e repressão política sob o governo Chávez.
“Nós não reconhecemos a comissão como uma instituição imparcial”, disse Gabriela Ramirez, defensora pública dos direitos humanos na Venezuela. Ela disse que o relatório erroneamente conclui que “o Estado venezuelano ameaça a democracia e os direitos humanos”.
Em resposta, Hugo Chávez anunciou hoje que a Venezuela vai abandonar a Comissão Interamericana de Direitos Humanos e chamou de “excremento puro” o secretário do órgão, Santiago Canton.
Em coletiva de imprensa, Chávez chamou a comissão de “nefasta” e disse que deixará o órgão. “Não vale a pena, é uma máfia.”