A oposição da Venezuela tomou posse nesta terça-feira como maioria na Assembleia Nacional. É a primeira vez em 17 anos que os oponentes da revolução socialista iniciada pelo falecido Hugo Chávez assumem o controle do legislativo.

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A votação para aprovar a nova liderança seguiu o debate sobre se devia fazer o juramento de 163 ou 167 legisladores, após a decisão da Suprema Corte – que proibiu quatro representantes eleitos de tomarem os seus lugares baseada em acusações de fraude – privar a oposição de uma maioria de dois terços. Os quatro não foram empossados.

No começo do dia, centenas de apoiadores dos oposicionistas acompanharam os novos legisladores, que passaram por uma pesada barricada militar até o centro do legislativo. A poucos quarteirões de distância, uma grande multidão de apoiadores do governo se uniram em frente ao palácio presidencial para lamentar a inauguração do que chamavam de “Parlamento burguês”.

Na galeria pública, estava a esposa do líder da oposição, Leopoldo Lopez, com uma placa com os dizeres “Anistia agora”, referindo-se ao que poderia ser uma das primeiras ordens do legislativo: uma lei que libertaria dezenas de ativistas presos durante manifestações contra o governo.

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Os novos legisladores prometem usar sua força para fazer mudanças radicais, enquanto o Partido Socialista do presidente Nicolás Maduro foi igualmente categórico para que os opositores não recuem na revolução de Chávez.

O novo presidente do Parlamento, Henry Ramos, disse ontem que Maduro deveria considerar renunciar para salvar a Venezuela de uma crise política, ecoando os pedidos que oposicionistas fizeram em 2014, quando lançaram manifestações de rua que resultaram em dezenas de mortos. Fonte: Associated Press.

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