Legisladores venezuelanos começaram a debater formas de policiar a internet a pedido do presidente Hugo Chávez, um socialista que vê cada vez mais grupos opositores usarem a rede para se organizarem contra ele. “A internet não pode ser algo livre de regras, onde você pode fazer e dizer o que quer”, disse Chávez em rede nacional de televisão, acrescentando que o governo alemão age da mesma forma. “Cada país precisa fazer suas próprias regras e normas.”
A possível intromissão do governo na internet atraiu imediatos protestos da oposição, preocupada com a possibilidade de que o policiamento da internet possa rapidamente levar à censura ou até ao controle do governo sobre a rede.
O governo já demonstrou sua disposição em intervir em outras áreas de comunicação, especialmente emissoras de televisão. Chávez e legisladores aliados dizem que as críticas relativas à internet não são justas e as consideram uma resposta automática da oposição que considera qualquer tentativa do governo de estabelecer regras um ataque às liberdades básicas.
A câmara de comércio eletrônico da Venezuela, a Cavecom, pediu anteontem que o governo Chávez deixe a internet em paz. A Cavecon “rejeita profundamente qualquer tentativa de restringir ou controlar a internet de qualquer forma na Venezuela, o acesso aos sites ou a seus conteúdos”, disse a organização em comunicado. As informações são da Dow Jones.
