O vencedor das eleições da Bélgica, o líder do partido de direita separatista, Nova Aliança Flamenga (NV-A), Bart de Wever, confirmou ontem ao rei Albert II que não tem a intenção de assumir a chefia do governo belga.

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A decisão põe o país em mais um impasse político, já que o líder do Partido Socialista (PS), Elio di Rupo, recusa-se a assumir o cargo, temendo ser instrumentalizado pelas forças secessionistas, que pretendem extinguir a Bélgica, criando dois Estados independentes: Flandres e Valônia.

Nas eleições de domingo, o NV-A obteve o maior número das 150 cadeiras do Parlamento, 27, e o PS, 26. No entanto, a primeira possibilidade – a de um governo de coalizão entre a direita separatista flamenga e os socialistas valões – deve exigir uma longa negociação, porque os dois partidos têm projetos opostos sobre as instituições da terceira região do país, Bruxelas.

O impasse ficou mais claro ontem, quando De Wever, na posição de líder do partido mais votado no domingo, encontrou-se com o rei Albert II. Em um sinal de seu menosprezo pelas instituições belgas – o NV-A defende a extinção do país -, De Wever vestia trajes informais, sem gravata.

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O separatista reafirmou ao rei que não tem a intenção de tornar-se primeiro-ministro com um gabinete de centro-direita. “Governar a Bélgica seria como animar uma conferência diplomática permanente”, disse à imprensa.