O Vaticano se comprometeu oficialmente nesta quarta-feira a compartilhar informações tributárias de cidadãos norte-americanos com os Estados Unidos, um movimento que tenta melhorar sua reputação após o Banco do Vaticano ser atingido por um escândalo em que foi acusado de agir como paraíso fiscal.
Ainda sob a direção do papa Bento XVI, o governo local iniciou uma reforma para converter suas instituições financeiras aos padrões internacionais. Não se sabe quantos cidadãos norte-americanos mantém contas no Banco do Vaticano, mas estima-se que seja apenas uma fraca dos atuais 15.181 correntistas do banco.
Até o momento, cerca de 62 países concordaram em cooperar com o Foreign Account Tax Compliance Act, uma lei norte-americana de 2010 que prevê o compartilhamento de informações financeiras de cidadãos norte-americanos com as autoridades dos EUA. Recentemente, o Vaticano também assinou um acordo parecido com autoridades italianas.
O ministro de Relações Exteriores do Vaticano, Monsenhor Paul Gallagher, disse que a decisão do Vaticano é parte de “uma estratégia de longo prazo para promover a transparência e comportamento ético de suas instituições nos campos econômico e financeiro”. Fonte: Associated Press.