O Banco do Vaticano tomou passos para cumprir com normas europeias e internacionais contra a lavagem de dinheiro e o financiamento ao terrorismo, após ter sido confrontado com um rigor sem precedentes pelas autoridades italianas. Nas últimas semanas, o banco fez promessas escritas para aprovar legislação contra a lavagem de dinheiro, identificar clientes quando a lei exigir e criar uma autoridade interna para vigiar a transparência.

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O Vaticano assinou um compromisso com a Força Tarefa de Ação Financeira (FATF, na sigla em inglês), o corpo político baseado em Paris que desenvolve legislações contra a lavagem de dinheiro e o terrorismo.

Entretanto, procuradores italianos alegam que, embora o banco esteja adotando medidas para combater a lavagem e ficar mais transparente, não cumpriu com a lei ao tentar transferir dinheiro sem identificar um destinatário ou a fonte dos recursos. O dirigente do banco, Ettore Gotti Tedeschi, e seu vice Paolo Cipriani estão sob investigação. A polícia financeira da Itália apreendeu ? 23 milhões (US$ 30 milhões) do Banco do Vaticano em 21 de setembro.

O FATF pede que o Vaticano aprove legislação que torne a lavagem de dinheiro um crime; estabeleça um autoridade para reportar transações suspeitas em seu banco e as investigue; aprove legislação para identificar seus clientes de maneira apropriada e forneça essas informações às autoridades financeiras, quando isso for pedido.

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Separadamente, funcionários do Banco do Vaticano se encontraram em 15 de outubro com funcionários da Comissão Europeia. Eles concordaram que o papa Bento XVI precisa agir para trazer à Cidade do Vaticano as leis europeias contra a lavagem de dinheiro que são exigidas nos 27 países que formam o bloco europeu, disse Amadeu Altafaj i Tardio, porta-voz do comissário europeu para assuntos econômicos e monetários, Olli Rehn. As informações são da Associated Press.