O Vaticano negou nesta quarta-feira (19) que o papa Francisco terá um encontro com os representantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) durante sua visita a Cuba.

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“Na agenda papal em Cuba não está previsto nenhum encontro entre o Santo Padre e os representantes das Farc”, disse o vice-diretor de imprensa vaticana, padre Ciro Benedettini.

O religioso ainda adicionou que o Pontífice “está sempre empenhado em trabalhar pela paz nos povos” e a “Santa Sé sempre estará na primeira linha neste sentido”. Mas, que no caso da Colômbia, “é preciso encontrar uma maneira” para que Jorge Mario Bergoglio possa contribuir com as negociações de paz.

Na terça (18), o Episcopado colombiano tinha afirmado que essa reunião era uma “possibilidade” e confirmou que fez uma solicitação formal à Santa Sé para que a Igreja Católica enviasse um delegado permanente à comissão que negocia a paz no país.

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Bergoglio já deu manifestações de que está interessado na questão entre o governo de Juan Manuel Santos e das Farc. Na última sexta-feira (14), através de seu secretário de Estado, Pietro Parolin, ele enviou uma mensagem à Corte Suprema da nação sul-americana exortando a principal instância judiciária do país a identificar “com criatividade e coragem as soluções que reforcem a paz e justiça”.

Ainda neste ano, no mês de abril, o próprio presidente Santos havia manifestado interesse na “intercessão” do Papa nas difíceis negociações, dizendo que a presença dele “respaldaria” um provável acordo.

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Dois meses depois, durante sua visita ao Vaticano, o político pediu ao líder dos católicos ajuda na questão e ele teria se oferecido, de acordo com o mandatário, para mediar pessoalmente os debates. A visita de Francisco à ilha ocorre entre os dias 19 e 22 de setembro e terá etapas em Havana, Holguín e Santiago de Cuba.