Vai a 524 total de mortos em ataques de Israel em Gaza

No décimo dia de ofensiva contra os militantes palestinos na Faixa de Gaza, forças israelenses atacaram nesta segunda-feira (5) casas, mesquitas e túneis por terra, mar e ar. Foram mortas pelo menos sete crianças e seis outros civis. Segundo funcionários do setor de saúde de Gaza, pelo menos 524 pessoas morreram e em torno de 2 mil ficaram feridas desde o início da ofensiva israelense, em 27 de dezembro. Entre os mortos há pelo menos 200 civis.

O ministro da Defesa Ehud Barak disse que a ofensiva continuaria até Israel alcançar seu objetivo de “paz e tranquilidade” para os moradores do sul de Israel, atacados por foguetes e morteiros lançados pelos militantes palestinos. Muitos diplomatas e líderes mundiais seguiram para a região, a fim de trabalhar pelo fim da violência, em encontros com líderes israelenses.

Forças israelenses tomaram no domingo áreas pouco povoadas no norte de Gaza e na manhã desta segunda estavam às margens de Cidade de Gaza. Caso decidam penetrar por áreas mais urbanas deve aumentar o número de vítimas, por causa de atiradores de elite, pelas armadilhas preparadas, pela população civil e também por causa dos solidários aos 20 mil combatentes do grupo militante islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza.

Um funcionário do setor de saúde de Gaza, o médico Moaiya Hassanain, confirmou a morte hoje de 13 civis. Quatro crianças foram mortas por um ataque com míssil em uma residência no leste da Cidade de Gaza. Três outras morreram por um ataque vindo de um navio, na mesma cidade, e três civis adultos morreram atingidos por um míssil em Beit Lahiya. Três outros adultos morreram em outros ataques pela região.

“O Exército (de Israel) está lá, atirando em todas as direções”, afirmou Mohammed Salmai, um motorista de caminhão de 29 anos, ao falar sobre as proximidades de Cidade de Gaza. O número de civis aumentou muito desde que Israel lançou também uma ofensiva por terra, após realizar ataques aéreos por uma semana. Dos 80 palestinos mortos durante as operações por terra, pelo menos 70 foram civis, afirmou Hassanain.

Israel faz três exigências principais para encerrar a operação: o fim dos ataques com foguetes lançados pelos militantes palestinos, a supervisão internacional de qualquer cessar-fogo e o fim do rearmamento do Hamas. “Se nos retirarmos hoje, sem alcançar algum tipo de acordo abrangente, não teremos feito nada”, afirmou o ministro de Infraestrutura, Binyamin Ben-Eliezer, à rádio do Exército.

Já o Hamas exige o fim dos ataques de Israel e a abertura das passagens entre Gaza e Israel, vitais para os palestinos da região. Na empobrecida Faixa de Gaza vivem 1,4 milhão de pessoas. Os militares israelenses informaram hoje que seria liberada a entrada de 80 caminhões com ajuda humanitária e de combustível.

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