O Comando do Exército divulgou hoje novo boletim atualizando o total de militares brasileiros mortos no terremoto no Haiti, ocorrido na terça-feira: o número de aumentou para 14. O Exército informa também que há 14 militares feridos e quatro desaparecidos. O presidente haitiano, René Préval, disse ontem que o terremoto pode ter causado a morte de 30 mil a 50 mil pessoas no país. Horas antes, o primeiro-ministro Jean-Max Bellerive tinha dito à CNN que as vítimas podiam chegar a 100 mil.
O tremor de 7 graus na escala Richter devastou um país já arruinado pela pobreza. Se as adversidades eram frequentes, o cenário ficou ainda mais sombrio. “Acho que o Haiti volta 15 anos no tempo”, afirmou Ricardo Seitenfus, representante especial no Haiti da Organização dos Estados Americanos (OEA). O prédio da Organização das Nações Unidas (ONU), onde ele trabalhava, desabou, matando 14 pessoas.
O tunisiano Hedi Annabi, chefe da missão de paz, e o vice-representante especial, o brasileiro Luiz Carlos da Costa, foram dados como mortos. O Brasil comanda a Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah). Os militares brasileiros que perderam a vida no tremor são:
– 1º Tenente Bruno Ribeiro Mário;
– 2º Sargento Davi Ramos de Lima;
– 2º Sargento Leonardo de Castro Carvalho;
– 3º Sargento Rodrigo de Souza Lima;
– Cabo Douglas Pedrotti Neckel;
– Cabo Washington Luis de Souza Seraphin;
– Soldado Tiago Anaya Detimermani;
– Soldado Antonio José Anacleto;
– Soldado Felipe Gonçalves Julio;
– Soldado Rodrigo de Souza Lima, todos do 5º Batalhão de Infantaria Leve, sediado em Lorena, no interior de São Paulo.
– Cabo Arí Dirceu Fernandes Júnior e soldado Kleber da Silva Santos, ambos do 2º Batalhão de Infantaria Leve, sediado em São Vicente, no litoral paulista.
– Subtenente Raniel Batista de Camargos, do 37º Batalhão de Infantaria Leve, sediado em Lins, também no interior de São Paulo.
– Coronel Emilio Carlos Torres dos Santos, do Gabinete do Comandante do Exército, sediado em Brasília-DF.