Subiu para pelo menos 136 o número de pessoas mortas e cerca de 250 ficaram feridas, segundo informações levantadas junto a hospitais, nos dois ataques a bomba contra o comboio da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto no Paquistão. Ela participava de uma carreata pelas ruas de Karachi para comemorar o retorno ao país depois de oito anos no exílio. Bhutto escapou ilesa do atentado, um dos piores na história do país. "As investigações iniciais apontam para um atentado suicida", disse o secretário de Interior Syed Kamal Shah.

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Até o momento, nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque e as investigações ainda estão em andamento, mas as autoridades locais acusam a rede extremista Al-Qaeda e a milícia fundamentalista islâmica Taleban pelo atentado.

Grupos ligados à Al-Qaeda vinham manifestando irritação com o apoio de Bhutto ao presidente do Paquistão, general Pervez Musharraf, engajado na "guerra ao terror" dos Estados Unidos. A organização já havia ameaçado assassiná-la caso retornasse ao país.

Ghulam Muhammad Mohtarem, secretário de segurança da província de Sindh, disse que o ataque tem as características de ações promovidas por militantes ligados ao senhor da guerra Baitullah Mehsud, leal ao Taleban, e por células da Al-Qaeda.

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Em Karachi, Bhutto declarou por telefone ao canal de televisão ARY que não se deixaria "intimidar" pelas ameaças dos extremistas islâmicos que "estão tentando se apoderar" do Paquistão.

De acordo com testemunhas, o incidente começou com um pequeno estrondo seguido de uma forte explosão a poucos metros do veículo blindado que transportava Bhutto do aeroporto de Karachi ao centro da cidade. A bomba estilhaçou os vidros do caminhão em que estava a ex-primeira-ministra e destruiu duas caminhonetes de escolta das forças de segurança.

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