Subiu para 13 o total de mortos em um ataque aéreo, hoje, no Paquistão. Funcionários do setor de inteligência disseram que um avião não tripulado, aparentemente dos Estados Unidos, disparou dois mísseis contra uma residência no instável noroeste do Paquistão, perto da fronteira afegã.
O ataque ocorreu em Datta Khel, no Waziristão do Norte, uma área da região tribal semiautônoma do Paquistão dominada por grupos insurgentes e fundamentalistas, que lançam ataques contra as tropas ocidentais no Afeganistão. As fontes pediram anonimato, pois não estavam autorizadas a falar com a imprensa.
Na semana passada, um ataque suicida na mesma área resultou na morte de sete funcionários da CIA e um da espionagem da Jordânia no Afeganistão. A ação com aviões não tripulados de hoje é a terceira do tipo no Waziristão do Norte desde o ataque contra a CIA na semana passada.
Mahmood Shah, um ex-chefe de segurança da área semiautônoma e tribal do Paquistão, disse acreditar que o avião teleguiado tenha disparado mísseis na região, durante a última semana, como vingança pelo ataque do homem-bomba suicida contra a base da CIA no leste afegão, que deixou oito mortos.
Shah observa que a eficiência dos ataques por aviões teleguiados tem sido prejudicada pela falta de informações de inteligência na região. O governo do Paquistão afirma que pelo menos 30 dos seus agentes foram assassinados na região nos últimos doze meses.
“A habilidade de espionagem do Paquistão na região da fronteira é quase zero, por causa do alto índice de mortalidade dos espiões”, disse Shah. Por isso, ele diz, os ataques teleguiados são ineficazes e na prática estão produzindo mais militantes, ao enfurecer a população local.
Autoridades norte-americanas raramente tratam desses ataques com mísseis. O governo paquistanês publicamente condena essas iniciativas, afirmando que elas são uma violação da soberania do país, mas muitos analistas acreditam que os dois países têm um acordo secreto para permitir essas ações.