A vacina contra a covid-19 desenvolvida pela companhia americana de biotecnologia Moderna, em parceria com o Instituto Nacional de Saúde dos EUA, produziu uma resposta imune nos 45 voluntários que a receberam na primeira fase dos testes clínicos, realizada entre março e abril.
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Os dados foram publicados nesta terça-feira (14), na revista New England Journal of Medicine, após análise do Instituto Nacional de Saúde. Foram necessárias duas doses do imunizante para alcançar um bom nível de resposta do sistema imunológico, similar ao observado em pessoas que se curaram da Covid-19 naturalmente. Efeitos colaterais, como fadiga, dor de cabeça e dor muscular, foram sentidos por vários pacientes, mas autoridades de saúde dos EUA consideram o resultado promissor.
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“A marca registrada de uma vacina é aquela que pode imitar a infecção natural e induzir o tipo de resposta que você obteria com a infecção natural. E parece que, pelo menos nesse número pequeno e limitado de pessoas, é exatamente o que está acontecendo”, disse Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA. “Os dados realmente parecem muito bons. Não houve eventos adversos graves”, acrescentou.
A Moderna já se prepara para começar ensaios mais amplos, com 30 mil voluntários em 87 cidades americanas, a partir de 27 de julho. Um grupo deve receber uma dose de 100 microgramas da vacina no primeiro dia e outra dose após 29 dias. Outro grupo receberá duas doses de placebo no mesmo período para comparação.
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Com base neste estudo clínico mais abrangente, os pesquisadores vão descobrir se os anticorpos produzidos pela vacina vão evitar que as pessoas fiquem doentes e por quanto tempo eles estarão ativos no organismo.
Os voluntários serão acompanhados por dois anos, mas os resultados preliminares do estudo clínico devem determinar a eficácia da vacina antes deste período. Em um comunicado, a Moderna observou que a companhia vai se preparar para fornecer aproximadamente 500 milhões de doses da vacina por ano, e possivelmente até 1 bilhão de doses por ano, a partir de 2021″.
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O imunizante da Moderna é um dos 23 que está em testes clínicos no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. O que está em estágio mais avançado até agora é a vacina desenvolvida pela universidade britânica Oxford, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca.
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