No dia 25 de outubro, data em que os uruguaios irão às urnas para eleger o novo presidente da República, também definirão em um plebiscito o eventual fim da Lei de Caducidade Punitiva do Estado, denominação da lei de anistia aos militares que realizaram sequestros, torturas e assassinatos de civis durante a ditadura militar no país(1973-85).
Diversas organizações não-governamentais (ONGs), sindicatos e partidos tentam há anos revogar a lei de anistia, aprovada em um plebiscito em 1989. A esquerda uruguaia alega que a lei foi ambígua e precisa ser revogada por meio de um novo plebiscito. Neste ano, uma intensa campanha conseguiu angariar as 250 mil assinaturas necessárias. O número representa 10% do eleitorado do Uruguai. Com isso, foi apresentado o pedido do plebiscito perante a Justiça Eleitoral. Diversas pesquisas indicam que 60% dos uruguaios estão a favor da anulação da lei que impede o julgamento dos militares.