O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, afirmou nesta quarta-feira (16) que não se arrepende de ter atacado o acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no Equador.
O presidente reiterou que seu governo, "junto com outras organizações internacionais", considera as Farc "um grupo terrorista, responsável por uma série de crimes contra a população colombiana".
Uribe fez tais declarações no Foro Econômico Latino-americano, que acontece em Cancún, no México.
O presidente anfitrião, Felipe Calderón, pediu a Uribe "pleno esclarecimento" sobre as mortes de quatro mexicanos que estavam no acampamento no dia 1º de março, data da ofensiva do exército colombiano.
Álvaro Uribe disse à imprensa local que viu um vídeo em que cinco mexicanos (os quatro mortos mais a sobrevivente, Lucía Morett) aparecem no acampamento em um ambiente descontraído e familiar, "próprio dos comparsas do terrorismo".
"Não estavam de reféns (…) Estavam de cúmplices dessa atividade, eram atores do terrorismo", acusou Uribe.
De acordo com informações oficias, Uribe garantiu a Calderón que seu governo "nunca teve conhecimento da presença de mexicanos no acampamento das Farc" e ofereceu total colaboração nas investigações.