Bogotá – O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, disse nesta sexta-feira (7) que as provas de vida dos reféns divulgadas recentemente mostram que estes "foram torturados pelos nazistas criollos [termo usado para designar os nativos]", em referência ao grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Uribe fez a afirmação em um discurso pela promoção de sete policiais a generais.
O presidente disse ainda que "mantém sua firmeza para derrotar o terrorismo", e sobre a troca humanitária, entre reféns das Farc e guerrilheiros presos, disse que foram feitos muitos esforços.
Imediatamente recordou as negociações dos últimos anos, locais e internacionais, para concretizar o intercâmbio, em um pequeno resumo sobre o tema, no qual mencionou a libertação do "chanceler" da guerrilha, Rodrigo Granda.
Sobre a mediação do presidente venezuelano, Hugo Chávez, que foi há pouco cancelada por Uribe, disse apenas que foi "mais um dos esforços" e ponderou que era uma atividade de "risco político".
"Nesta era de dor dos colombianos não podemos ser idiotas úteis do terrorismo", continuou Uribe que também se defendeu das acusações sobre a manipulação das provas de vida dos reféns ao afirmar que atuou de "forma transparente".
A acusação de manipulação foi feita por familiares dos reféns, que o acusaram de tentar evitar que as provas chegaram às mãos de Chávez.
Uribe insistiu que "um governo amigo das Farc" poderia manipular parte das provas, porque demonstra que o grupo guerrilheiro tortura os reféns, mas anunciou aceitar uma zona de encontro com as Farc, com a presença de observadores internacionais e impôs como condição que seja uma zona que não exija a remoção de instalações militares já presentes.
O presidente anunciou também um fundo governamental de US$ 100 milhões para estimular guerrilheiros a deixarem a guerrilha.