A universidade de Birmingham, do Reino Unido, divulgou nesta quarta-feira que testes científicos provaram que um manuscrito do Alcorão de sua coleção é o mais antigo do mundo e pode ter sido escrito perto da época do profeta Maomé.

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O anúncio da Universidade animou os estudiosos muçulmanos e a comunidade muçulmana local, uma das maiores do país. A descoberta ocorreu após um aluno do doutorado ter desconfiado e feito testes com radiocarbono, que demonstraram que o material era datado da época do profeta, que, acredita-se viveu entre 570 e 632.

“Esse manuscrito pode muito bem ter sido escrito logo após a morte de Maomé”, disse David Thomas, professor de Cristianismo e Islã na Universidade de Birmingham.

“Partes do Alcorão contidas nestes fragmentos são muito semelhantes ao Alcorão que conhecemos hoje. Esse tende a apoiar a ideia de que o Alcorão atual é muito parecido com o Alcorão que foi concebido nos primeiros anos do Islamismo”, comentou.

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Thomas afirmou que os testes, conduzidos pela Universidade de Oxford, sugerem que o animal usado para fazer o pergaminho estava vivo durante a vida de Maomé, ou nasceu logo depois.

“Isso significa que partes do Alcorão que estão escritas neste pergaminho podem, com certo grau de confiança, serem datadas de menos de 20 anos após a morte de Maomé”, disse o estudioso. Fonte: Associated Press.

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