Engenheiro Coelho, SP (Abrajor) – Reunindo raro acervo, o Museu de Arqueologia Bíblica Paulo Bork, mantido pelo Centro de Pesquisas Ellen G. White, é a única instituição do gênero em toda a América Latina. Localizado na região da Grande Campinas, o museu atrai a atenção da mídia nacional. Inaugurado em 14 de maio de 2000, suas 250 peças raras testificam a fidelidade do texto bíblico em sua relação com a história.
A divulgação da veracidade do relato bíblico deve-se à participação do doutor Rodrigo Pereira da Silva, curador-adjunto do museu e especialista em Arqueologia, em programas do Sisac (Sistema Adventista de Comunicação), da Rádio Novo Tempo e em reportagem da revista evangélica Eclésia. A divulgação ganhou mais força com a entrevista de Rodrigo no Programa do Jô, e em recente reportagem realizada pela EPTV, afiliada da Rede Globo em Campinas.
As mais antigas peças do museu datam do período de Abraão, cerca de 2.100 anos antes de Cristo. Existem lâmpadas, inscrições talhadas em cuneiforme e moedas dos tempos de Cristo. Embora haja réplicas, a maioria das peças é autêntica. “Aproximadamente 80% das peças são originais”, relata Rodrigo.
Origem
Dois tabletes babilônicos do período patriarcal (2200-2000 a.C.) foram adquiridos em 1924 pelo seminário teológico do Pacific Union College, na Califórnia, EUA. Paulo Bork, arqueólogo brasileiro ligado à instituição estadunidense, recebeu os tabletes do seminário e os adicionou à sua coleção, em 1954.
Somente em 1993 iniciaram-se as negociações entre Paulo Bork e o Unasp – Campus Engenheiro Coelho. Bork sonhava em fundar um centro arqueológico no Brasil. Um ano depois, o Unasp receberia 200 livros técnicos e 110 peças. Assim iniciou-se o projeto de elaboração e implementação do museu e a concretização do sonho de Bork.
Atualmente, o museu tem como coordenador e curador-adjunto, o professor Rodrigo Silva, doutor em Teologia pela Pontifícia Faculdade Católica Nossa Senhora de Assunção e mestre pela Universidade Gregoriana do Vaticano.
Mídia
Nos últimos meses, o museu chamou a atenção da mídia. Reportagens realizadas por jornais locais e entrevistas dadas por Rodrigo às emissoras locais colaboraram para expor o trabalho realizado pelo museu.
De circulação nacional, a revista Eclésia dedicou quatro páginas para apresentar o acervo do museu e a importância das peças no cenário histórico. Muitos objetos do acervo mereceram destaque na matéria. Como exemplo, tabletes e botijas de vinho chamuscadas por fogo foram abordados pela reportagem, por fornecerem evidências da destruição de Sodoma e Gomorra conforme relato bíblico.
Auge da divulgação do museu na mídia, a participação de Rodrigo no Programa do Jô, que por três vezes foi repetido na TV – pela primeira vez na história do programa -, trouxe ampla divulgação dos serviços prestados pela arqueologia bíblica. A última visita recebida pelo museu rendeu uma reportagem no Jornal Regional da EPTV. A reportagem ressaltou a fidelidade do relato histórico, como evidenciado pelo trabalho da arqueologia.
Apesar da ampla divulgação, Rodrigo preocupa-se com a possibilidade de deturpação da notícia, o que seria um entrave para a mensagem que o trabalho do museu pretende dar. “Temo a edição das matérias. Sei que corro riscos, mas a história é feita por aqueles que arriscaram”, argumenta.
Futuro
Rodrigo acalenta planos pessoais e promissores para expansão do museu. “Meu sonho é ter um prédio próprio para criar uma ala de paleontologia e de história eclesiástica”, relata, referindo-se à atual e limitada localização do museu dentro do Centro de Comunicação do Unasp.
Em julho, Rodrigo participou também de escavações arqueológicas na cidade de Cluña, na Espanha, com uma equipe de espanhóis e estadunidenses, chamada ArqueoSpain. Entretanto, a grande descoberta deste ano e, talvez, da curta história do museu, foi o tijolo babilônico com inscrições acadianas.
Serviço:
Museu Arqueológico Dr. Paulo BorkE-mail:
rodrigo@unasp.brFone: (019) 3858-1049
Rodovia SP 332, km 160 ? Vicinal Pr Walter Boger, km 3,5