Unicef pede para Israel mudar prisão de menor palestino

Um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apontou uma sistemática e grave violação dos direitos de menores palestinos detidos, presos e encarcerados pelo tribunal militar de Israel. Com base nesse estudo, realizado por meio de entrevistas com 400 crianças e menores, assim como em reuniões com advogados e oficiais israelenses, a Unicef pediu a Israel para reformar o seu sistema de detenção militar.

“Os maus-tratos de crianças palestinas no sistema de detenção militar israelense parecem ser generalizados, sistemáticos e institucionalizados”, apontou o relatório, divulgado hoje por funcionários da ONU em Jerusalém. Eles pediram a Israel que não mantenha os menores em confinamento solitário e permita que um advogado ou membro da família esteja presente durante os interrogatórios.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel disse que irá cooperar com o órgão da ONU e que os militares já estavam fazendo alterações no sistema. “Israel vai estudar as conclusões do relatório e trabalhar para implementá-las através da cooperação com a Unicef, cujo trabalho nós valorizamos e respeitamos”, disse o porta-voz Yigal Palmor, em um comunicado.

Um funcionário do gabinete do procurador militar de Israel disse que a maioria dos menores palestinos detidos tem acima de 16 anos. Ele afirmou que alguns deles foram manipulados por grupos militantes para realizar ataques. Esse funcionário destacou o caso de um jovem de 17 anos, que foi um dos autores de um ataque a faca, em março de 2011, que dizimou uma família inteira em um assentamento da Cisjordânia. As informações são da Associated Press.

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