O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) anunciou nesta segunda-feira que vai aumentar a atuação nos países mais atingidos pelo ebola na África Ocidental. O coordenador global da epidemia na agência, Peter Salama, afirmou que o Unicef vai dobrar a equipe de 300 para 600 pessoas na Guiné, Libéria e Serra Leoa, onde as crianças correspondem a um quinto dos casos da doença.
Cerca de 5 milhões de crianças foram contaminadas e mais de 4.000 crianças se tornaram órfãs devido a atual epidemia, de acordo com o Unicef. “As escolas estão fechadas, as crianças estão confinadas em suas casas”, afirmou Salama.
O chefe da Missão das Nações Unidas para a resposta de emergência ao ebola (UNMEER), Anthony Banbury, viajou para a Serra Leoa nesta segunda-feira, depois de visitar a Guiné no fim de semana. Em ambos os países, ele visitou os centros de tratamento em áreas remotas.
A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, afirmou que a deficiência de tratamentos e vacinas para o ebola se deve ao fato de o vírus, historicamente, ter “sido confinado aos países pobres da África”. Ela acrescentou que “uma indústria com fins lucrativos não investe em produtos para mercados que não podem pagar”.