A coalizão do presidente Mahinda Rajapaksa venceu a primeira eleição parlamentar do pós-guerra no Sri Lanka, consolidando seu domínio político após ter derrotado no ano passado o Exército de Libertação dos Tigres do Tamil Eelam (LTTE). A vitória anunciada hoje ocorre após a reeleição de Rajapaksa, há três meses.

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Apesar das alegações da oposição de que o presidente quer monopolizar o poder, ele é visto como um herói pela maioria cingalesa, que espera uma nova era de desenvolvimento e reconciliação nacional. O Departamento Eleitoral informou que a Aliança Liberdade do Povo Unido de Rajapaksa obteve até agora 117 das 225 cadeiras nas eleições realizadas ontem. O número deve ainda subir.

Um partido precisa de 113 cadeiras para ter maioria simples e formar um governo no Sri Lanka. Rajapaksa qualificou em comunicado o resultado como um “triunfo da democracia”. Não está claro se a coalizão governista pode conseguir uma maioria de dois terços para alterar a Constituição. Com isso, estaria aberto o caminho para uma emenda permitindo ao presidente ficar no poder após o fim de seu segundo mandato, em 2017.

O segundo colocado, a Frente Nacional Unida, está até o momento com 46 vagas asseguradas no Parlamento. Um partido da etnia tâmil obteve 12 cadeiras em sua base, no nordeste do país, informou o escritório eleitoral. Até o momento, foram declarados os resultados de 180 cadeiras. Foi suspensa a divulgação dos resultados de 16 vagas após a anulação dos votos em 38 seções eleitorais de dois distritos. Nessas áreas, haverá nova votação em data ainda a ser anunciada.

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A oposição acusou o governo de usar de violência e intimidação no dia da eleição, mas reconheceu a derrota. Rajapaksa tem que ainda cumprir sua promessa de discutir um acordo para dividir o poder com os tâmeis – mais de 200 mil pessoas dessa etnia permanecem fora de suas casas por causa da violência interna. Os tâmeis são 18% da população do Sri Lanka e afirmam ser perseguidos pela maioria cingalesa.