O líder da Juventude Liberal do distrito de La Colmena, no departamento de Paraguarí, no Paraguai, foi morto com um tiro na cabeça durante confronto com policiais na noite de sexta-feira no Paraguai. Outras 15 pessoas ficaram feridas durante os violentos protestos que ocorreram no pais. Duzentas pessoas foram presas durante os protestos no país.
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Manifestantes tocam fogo no Congresso do Paraguai
Os conflitos começaram após os senadores aprovarem uma polêmica lei eleitoral que permite a reeleição do presidente no país. Milhares de manifestantes invadiram o Congresso em Assunção e enfrentaram os policiais.
De acordo com o portal G1, a vítima fatal foi identificada como Rodrigo Quintana, presidente da Juventude Liberal de La Colmena. Ele teria sido foi baleado logo após a polícia invadir a sede do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), na capital Assunção.
Ponte da Amizade chegou a ser fechada
Os protestos que se seguiram durante a noite de sexta-feira, também acabaram atingindo o Brasil. Parte dos manifestantes fecharam a Ponte da Amizade, ligação com o Paraguai, conhecida rota dos sacoleiros e pessoas que moram em Foz do Iguaçu e trabalham no país vizinho.
A interdição da ponte foi total, ou seja, os carros não podiam fazer a travessia em nenhum dos dois sentidos.
Na madrugada deste sábado (01), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a polícia paraguaia conseguiram dispersar os manifestantes e reestabelecer o trânsito de carros e pessoas na ponte. Na manhã deste sábado o fluxo no local era intenso.
Revolta com armação dos senadores
Inicialmente, as pessoas estavam protestando pacificamente em frente à sede do legislativo e as unidades de força usaram jatos d’água para afastar os manifestantes. Pouco a pouco os ânimos foram ficando exaltados e um grupo conseguiu invadir o Congresso e ateou fogo no local. O que revoltou a população foi uma manobra feita por senadores governistas e da oposição.
Em uma “sessão paralela”, eles aprovaram a reforma constitucional por unanimidade. Para isso, eles mudaram o regulamento da Casa, que previa uma maioria de 30 votos para poder aprovar a medida.
Neste sábado, a medida deverá ser ratificada pela Câmara dos Deputados, que é comandada por governistas. Opositores ligados ao ex-presidente Fernando Lugo, que também foi tirado do cargo após uma crise institucional, acusam a manobra de ser um golpe
parlamentar no Paraguai.