A União Europeia usará toda sua influencia para que a comunidade internacional concorde em reduzir as emissões de dióxido de carbono em 30% nas negociações para um novo acordo climático, que ocorrerão em dezembro, afirmou neste sábado Andreas Carlgren, ministro de Meio Ambiente da Suécia. Falando durante a reunião de ministros de energia e ambiente do bloco, que está sendo realizada na capital sueca Estocolmo, Carlgren afirmou que a meta de corte de 30% tem “amplo apoio” entre os membros da UE, mas é condicionada à aceitação de outras nações.
Os 27 países integrante da UE já concordaram em reduzir as emissões de CO2 em 20% até 2020, ante os níveis de 1990. “Usaremos o aumento de 20% para 30% para ganhar contrapropostas adequadas de outros países”, afirmou. O bloco também propôs desembolsos de curto prazo dos países desenvolvidos para ajudar os pobres a adaptar-se a exigências mais duras que possam emergir do novo acordo para combater o aquecimento global.
A Suécia, que atualmente detém a presidência da UE, está encarregada de colocar a posição do bloco na mesa de negociações que será estabelecida na Conferência de Copenhague, na Dinamarca, em dezembro. “Precisamos esclarecer que a UE está preparada para contribuir”, afirmou Carlgren, referindo-se à reunião de três dias em Are, cidade no centro-oeste sueco, como “o último treino antes do jogo final.”
Teresa Ribera, chefe do escritório de mudanças climáticas da Espanha, confirmou a unidade entre os membros da UE com relação à necessidade de um novo acordo climático. “Nenhum ministro expressou qualquer tipo de discordância a respeito de qualquer ponto da proposta”, afirmou. O bloco estará pronto para confirmar a meta para a Conferência de Copenhague durante a “super semana” em outubro, quando a Comissão Europeia e os ministros de finanças e meio ambiente se reunirão em assembleias separadas.
A substituição do Protocolo de Kyoto, que expira em 2012, é prioridade para o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, que deve liderar o esforço de persuadir dezenas de nações para a criação de um novo tratado para o clima.