UE pode sofrer crise de gás ‘em semanas’, diz Barroso

A prolongada disputa entre a Rússia e a Ucrânia sobre o gás natural pode provocar uma grande crise na União Europeia “dentro de semanas, não meses”, a segunda num período de apenas seis meses, disse o presidente da Comissão Europeia, Jose Manuel Barroso, nesta sexta-feira. Barroso, que participou de um encontro de líderes da UE em Bruxelas, disse ao grupo que as tensões entre Rússia e Ucrânia sobre a commodity não estão resolvidas. Ele afirmou que manteve negociações com representantes desses países numa tentativa de evitar o desabastecimento do gás em países da UE.

Ele disse que é cedo demais para que a UE decida se dará ajuda financeira à Ucrânia. A estatal ucraniana Naftogaz disse ontem que as instituições financeiras internacionais poderão conceder-lhe um empréstimo de US$ 4,2 bilhões para permitir que o país encha suas instalações de armazenamento com o gás russo. “Não temos esse dinheiro em nosso orçamento”, disse Barroso, destacando que a UE tem mantido contato com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e outras instituições sobre essa questão. Barroso disse também que a Comissão vai convocar uma reunião na próxima semana com instituições financeiras internacionais, companhias de energia e países da UE para avaliar se, no curto prazo, há espaço para “um pacote de financiamento”.

A energia foi um dos temas discutidos pelos líderes de 14 países da Europa Central em reunião de cúpula nesta sexta-feira, na Sérvia. O presidente sérvio, Boris Tadic, disse que seu país e os demais dos Bálcãs são fundamentais para garantir a estabilidade e a segurança de energia para o restante da Europa. As informações são da Dow Jones.

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