A União Europeia (UE) pediu no domingo (4) o fim dos confrontos na Faixa de Gaza e enviou uma missão ao Oriente Médio para tentar obter uma trégua, mas reconheceu que enfrenta uma difícil tarefa. Os Estados Unidos, antigos aliados de Israel, vetaram no sábado uma declaração do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) pedindo um imediato cessar-fogo entre o Hamas e Israel e manifestando preocupação com a escalada da violência após a incursão israelense na região.
A Líbia, o único país árabe no CS da ONU, havia pedido a reunião de emergência. Ontem, um comunicado do Departamento de Estado dos EUA alertou Israel que sua ação militar precisa ser “consciente das potenciais consequências para os civis”. “É óbvio que um cessar-fogo deve ser adotado o quanto antes, mas precisamos de um cessar-fogo durável e sustentável, não limitado.” A secretária de Estado, Condoleezza Rice, cancelou uma viagem que faria à China para lidar com a crise.
A comissária de Relações Exteriores da UE, Benita Ferrero-Waldner, disse que é “absolutamente necessário” conter a violência. Ela fez a declaração em Praga antes de partir para o Egito com a delegação do bloco liderada pelo chanceler checo, Karel Schwarzenberg, cujo país preside a UE. “Tentaremos abrir os acessos para a passagem de ajuda humanitária a Gaza e discutir qual condições garantiriam um cessar-fogo”, disse Schwarzenberg.
Missão do Hamas
Na noite de domingo Ayman Taha, um alto funcionário do Hamas, anunciou que o grupo também enviará uma delegação ao Egito para discutir a crise. Seria a primeira ação “diplomática” do Hamas desde o início dos conflitos. A visita pode coincidir com a chegada ao país do presidente francês, Nicolas Sarkozy.